As manias dos artistas que vêm ao Rock in Rio
Dias antes do arranque do Rock in Rio Lisboa, festasfestinhas foi conhecer histórias dos bastidores e desvenda algumas das exigências dos artistas desta edição.
Nos dias 25 e 26 de Maio, 1, 2 e 3 de Junho, os 200 mil m2 do parque da Bela Vista voltam a transformar-se em Cidade do Rock e a quinta edição do Rock in Rio (RiR) promete 12 horas de festa por dia.
Ingrid Berger é a pessoa que reúne o maior número de histórias do RiR, ou não fosse a responsável pelos camarins. Para esta edição, destaca o facto de os artistas estarem cada vez mais saudáveis: «Este ano só tenho pedidos para 12 garrafas de whisky, seis de vodka, três de champanhe e cerveja. Pedem-me sobretudo sumos naturais, fruta, saladas, iogurtes, leite de soja e pouca carne. 60% das bandas pediu coisas naturais.
Houve anos em que os bastidores cheiravam a droga, agora pedem salas para praticarem ioga e pistas de corrida». É caso para dizer que o rock n’ roll já não é o que era. «Logo nas primeiras exigências, o manager de Amy Winehouse pediu umas garrafas de vinho que custavam 600 euros cada.
Disse-lhe que não existiam em Portugal e ele respondeu-me com um mail com a morada de uma wine store onde tinham quatro disponíveis. Expliquei então que não havia verba para isso e ele acabou por aceitar outros vinhos. No dia do concerto de Lisboa, Amy já estava 40 minutos atrasada e decidiu que queria pintar as unhas de vermelho, mas não havia verniz. Lembrei-me que a Ivete Sangalo ainda lá estava e fui pedir-lhe. Felizmente ela tinha e Amy pintou as unhas, todas esborratadas».
«Entre o ensaio e o espectáculo, a Joss Stone foi até ao hotel e resolveu pintar o cabelo de vermelho. Mas esqueceu-se de usar luvas e apareceu ao pé de mim com as mãos completamente vermelhas. Tentámos todos os produtos, mas nada removeu aquilo. Subiu ao palco assim».
«O Rod Stewart pediu 40 bolas de futebol, autografou-as e distribuiu-as».
«Elton John exigiu um camarim com uma decoração inglesa, um sofá de três lugares e uma manta porque ele dorme três horas antes dos concertos. Além disto, mandou fotos de arranjos florais que tivemos de reproduzir ao pormenor, até na altura dos pés das flores».
«O Axl Rose dá sempre muito trabalho. A equipa dele não quer que deixemos nenhuma esquina de móvel pontiaguda nem objectos soltos [que possam ser arremessados] no camarim. No RiR Brasil 2011, depois do concerto, o Axl ficou de pijama, deitado no sofá até depois das 8h da manhã. O resto da banda foi dormir para o hotel e até já tínhamos desmontado o camarim todo. Só sobrava ele, a assistente pessoal e o sofá».
«Os Tokyo Hotel apareceram na Bela Vista com um grupo de seguranças alemães, cada um com dois metros de altura, coletes anti-bala e capacetes. Trancaram-se no camarim a tarde toda».
«Ninguém que lide directamente com o Paul McCartney pode comer carne e ele não pode ter nada animal à sua volta, nem um sofá em couro!».
«Em Madrid, Bob Dylan chegou ao recinto num atrelado logo por volta das 6h da manhã e ficou no camarim até ao espectáculo. Sem ser no palco, ninguém o viu».
As exigências para 2012
O grande cabeça de cartaz do RiR Lisboa 2012, Bruce Springsteen, informou que trará 130 pessoas e pediu nove camarins só para si. Mais: antes do concerto, quer dar um jantar sentado para essa comitiva, o que obrigou Ingrid Berger a mudar a hora da refeição do staff do RiR, de forma a libertar o refeitório para o Boss. As restantes exigências estendem-se por dezenas de páginas.
Já os Metallica, mais uma vez, trarão uma máquina de lavar e secar roupa, uma cozinha e um chef.
Os Linkin Park «são dos que dão mais trabalho porque pedem muitas coisas pequeninas, de comida, e tem de estar tudo, peça a peça, envolto em celofane. E tudo tem de ser desinfectado».
«Os Red Hot Chili Peppers nunca pedem nada de comida, trazem um chef e decoração própria. Mandaram-me tirar todos os móveis que havia no camarim e fizeram uma decoração muito zen, com tudo no chão».
O SOL
O Pavilhão Municipal Rota dos Móveis, em Lordelo – Paredes, foi palco esta terça-feira, 29 de maio, da fase final do Campeonato Nacional de Boccia, organizado pelo Pelouro de Desporto do Município de Paredes e a da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC).
Após várias etapas de apuramento a nível regional e distrital, 22 equipas chegaram à fase final do Campeonato Nacional de Boccia, num total de 170 atletas.No final dos 64 jogos, a equipa da Associação É Bom Viver, de São João da Madeira, revelou-se a mais eficaz e garantiu o título nacional de Boccia.
